GALERIA. Alessandro Michele chegou timidamente a um dos cargos mais desejados e observados do mundo da Moda. O designer, que iniciou sua carreira na italiana Gucci na equipe de acessórios nos tempos de Tom Ford, assumiu a responsabilidade de transformar uma marca abatida em desejo e cobrir os prejuízos deixados por Frida. Hoje, está mais que confirmada a influência asiática no mercado de Moda, mas até poucos anos atrás, a indústria ainda não havia enxergado isso por completo. François Pinault, homem de negócios com faro apurado, antecipou este fenômeno que hoje mantém financeiramente algumas das grandes marcas. Há quem pense que Michele é simplesmente genial, mas analisando um pouco mais profundamente não é difícil enxergarmos que seu styling inusitado e suas peças com perfume retrô fazem sentido no atual contexto de mundo e, mais especificamente, entre o público que mantém grande parte do poder aquisitivo, os asiáticos. Enquanto eles compram todas as roupas que os ocidentais consideram mais extravagantes, EUA, Europa e América Latina consomem acessórios, como tênis e bolsas. No final? Soa frustrante, mas o business é sempre mais forte. Por Mariana de Castro
Foto: Reprodução Instagram @gucci