VANGUARDA. Muito se discute a respeito do futuro do jornalismo em tempos tão tecnológicos. Quando destacamos a indústria da Moda neste questionamento, o debate ultrapassa o nível da informação escrita para atingir a comunicação imagética. Afinal, como encantar e prender o olhar em um presente tão efêmero? O mercado editorial vem entendendo que, para se ter sucesso, é preciso estabelecer um diálogo com as pessoas certas. As revistas de Moda nichadas vêm se fortalecendo diante de grandes títulos que têm encontrado dificuldades para se adequarem à atualidade. Não apenas em seu discurso, mas também em suas práticas diárias: ainda temos espaço para periódicos tão descartáveis? A Frasson Gallery Magazine, fundada pelo diretor criativo, Giovanni Frasson, chegou ao mercado em 2018 com a proposta de um formato híbrido que une o digital ao tradicional impresso. Com edições bimestrais, a publicação pode ser adquirida em sua versão de papel por meio de um pedido especial: a edição será impressa exclusivamente em tiragem contada para aqueles que desejarem. Além disso, o primor alcança os mínimos detalhes: a costura lateral para substituir a cola derivada de petróleo, o formato da página recortado precisamente para evitar a sobra de papel e o envio que substitui o conhecido shrink por um envelope de papel tornam não só a revista em si, mas toda a experiência ainda mais excepcional e refrescante. Que esse seja o nosso futuro. Por Mariana de Castro

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