ADORAÇÃO. Um ponto comum a todas as etapas da História da Indumentária é o fascínio por ícones. De acordo com seu respectivo espaço-tempo, “influenciadores” encantam não apenas por seus trajes, mas por seu estilo de vida e comportamento. A Moda enquanto conceito, inclusive, nasce exatamente dessa reprodução, ao final da Idade Média com a ascensão da burguesia. Pela primeira vez na História, o poder monárquico e o poder clerical foram ameaçados por um novo tipo de poder que não dependia única e exclusivamente do seu sangue ou do divino: o poderio financeiro chega para desafiar. E como o vestir é e sempre foi uma arma de comunicação extremamente importante, não demorou muito para que os burgueses começassem a imitar os hábitos dos nobres, inclusive, no modo de vestir. A nobreza, por sua vez, se ofendia e demandava novos trajes para os costureiros, que também seriam imitados eventualmente. E é justamente esse movimento de admiração e, até mesmo, de desejo e ambição que movimenta a indústria da Moda até os dias de hoje. Por Mariana de Castro

Foto: Txema Yeste