GALERIA. Historicamente, a realeza sempre foi o exemplo a ser seguido – em costumes, hábitos e, até mesmo, nas vestimentas. À época de sua Independência, o Brasil passou por inúmeras mudanças econômicas e políticas, e a Moda, como reflexo direto da dinâmica da sociedade, ilustrou todas elas. A partir do momento que o país passou a ter uma Família Real para chamar de sua, mesmo que falida e pouco dada a luxos, a influência se fortaleceu. O Rio de Janeiro como capital do Império também se consolida como criador de tendências, e a Moda brasileira passa a se fortificar nas terras cariocas. As grandes transformações no modo de se vestir tiveram início com a abertura dos portos às nações amigas, em 1808, alguns anos antes da Proclamação da Independência propriamente dita. A partir daí, homens e mulheres passam a ter acesso a itens de luxo importados, mas mesmo assim, ainda eram vistos como pouco elegantes pelos viajantes. De qualquer forma, a Moda feminina era controlada pelos franceses, enquanto a masculina era majoritariamente inglesa. Importando tendências de fora, aos poucos, os brasileiros foram adaptando roupas e acessórios aos seus costumes para criarem estilo próprio. E, até hoje, na verdade, temos o hábito de olhar para outros países em busca de referências, reflexo da falta de tradição e cultura de Moda no Brasil Colonial. Por Mariana de Castro

Pintura por Pedro Américo